Episódios de uma vida quase Banal e muito longe de ser Perfeita - 1.3

Sexta-Feira, 12 de Agosto de um ano qualquer....

Zé andava desaparecido desde a festa em casa de Maria. Seu pimo e amigos gastaram-lhe a bateria do mobile de tanto lhe ligarem, sem terem conseguido obter resposta.
Preocupados com o seu desaparecimento decidem partir numa rusga à procura dele ou de alguém que estivesse estado na festa. Mas logo encontraram um entrave, pois ninguém se lembrava da cara de ninguém.... e mesmo Maria, só a conheciam de vista!

Carlos: Men, vamos passar em casa dela... Até pode ser que eles já tenham decidido casar, morar juntos e ter filhos... eh eh eh. Aquilo era tanto amor, eu sei lá...
Tomé: Não sei se me apetece muito, por mim iamos até à esplanada beber umas mínes e ele que apareça quando bem lhe apetecer.
Carlos: Epah, vão lá então que eu passo lá em casa dela e vou lá ter. Alguém vem comigo?
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Carlos: Já vi... vou sozinho. Fo#*&$e....

Depois de uma longa caminhada, Carlos chegado à dita cuja casa, depara-se com um Cartaz "ImoKoizo Vende". Mas andava alguém lá dentro a cortar o jardim e decide entrar.
Carlos: Oh Chefe, desculpe lá... não mora cá ninguém???
Jardinz: Oh Amigo olhe que não. A gaja da Imobiliária mandou-nos cá cortar isto tudo porque iam alugar a casa a não sei quem....

Entretanto... TIRIRIRI TIRIRIRI TIRIRIRI TI RI RI RI RI... César liga a Carlos:
César: Tá? É do Talho?
Carlos: è do Talho é.... isto tá tudo fudid.... man
César: Ah pois tá, tá lindo tá. Tá aqui o Zé man. E não tá com muito bom aspecto! É melhor vires para man.
Carlos: Já vou a caminho. Até vou agarrar um destes carros de golfe aqui da casa.
César: O quê? Tás pior....

E aí foi ele, pela praia fora no seu novo veículo! E qual não é o seu espanto quando vê Zé, todo virado das ideias com Maria e mais uns bacanos, todos remelosos vestidos ainda com a roupa da festa, embrulhados na areia.

Carlos: Então meu? Tá tudo? Nem dás notícias nem nada.
Zé, que mal abria os olhos: Quem és tu pá? Que é que queres daqui?
Carlos: Quem sou eu? Tás bonito tás.... Embora, vamos tomar uma banhoca, que tás num lindo estado.
Zé: Queres o quê? Porrada? Ai se eu me levanto... baza daqui caralho, não te conheço de lado nenhum, antes que te parta todo.

É então que Carlos se apercebe que Zé falava mesmo a sério. Não o estava a reconhecer e não valia mesmo a pena falar para ele, pois estava todo chamuscado.
Mas Carlos insiste e tenta levanta-lo. Já o resto da cambada se tinha apercebido do filme e vinham a caminho quando um dos ganzónias que lá estava puxa de uma navalha e ameaça furar Carlos. Este baza e decide chamar a bófia.

De volta à esplanada, sem o Zé, as mínes começam a encher a mesa e é quando chega um Jipão da móina e aborda o grupo onde ainda bezerrava Zé. Carlos apecebe-se que um dos móinas é Mitche Bakano um antigo professor de Ginástica da escola e decide ir em auxílio de Zé.

Carlos: Stôr como é? Tass Bem?
Mitche: Oh Carlitos tudo bem amigo. Ainda és vivo? Pensei que já tivesses ligado a alguma máquina feito vegetal AH AH AH.
Carlos: Eu não, mas aí o meu pimo não lhe deve faltar muito para isso...
Mitche: Ahhh pois é.... é o Zé, vocês dois sinceramente... ainda não aprenderam a portar-se em condições!
Carlos: Não.... ELE é que ainda não aprendeu. Fui eu que chamei a bóf... a polícia eh eh eh.
Mitche: Ai sim? Então mas vocês parecem duas viúvas inseparáveis. Chatearam-se as meninas foi?
Carlos: Ele andou aí metido numas aventuras estranhas e já não aparecia à uma semana quase... Fomos dar com ele aqui todo fud... lixado, desculpe.
Mitche: Tens como ir até à esquadra? Estes aqui vão todos lá passar o dia, passa lá para vermos a melhor maneira de resolver isto.
Carlos: Tenho ali o meu carrito novo, é daqueles que nem é preciso carta para conduzir, descapotável e tudo. Alto nível oh Stôr.
Mitche: Então até já. E por fazor trata-me por Sargento Mitche ou Bakano também pode ser.

E assim, Carlos e o resto da cambada, no seu carrinho de golfe, fizeram-se à estrada e seguiram até à esquadra. Mas quando lá chegaram já havia fogo dentro de uma das salas, Zé estava caído na entrada e já Maria e seus amigos se tinham posto a andar. Mitche já vinha com uma arma apontada a Zé, mas de nada adiantava pois este estava desmaiado e já não ia a lado nenhum.

Carlos: Bakano tenha calma, ele tá morto de certeza.
Mitche: Eu sei lá... é melhor bater-lhe para ver se responde.
Depois de três pontapés e um bastão partido no lombo, Mitche decide chamar uma ambulância!
Zé segue na ambulância com Tomé e César para o hospital e Carlos é detido, pois ele é que tinha feito a chamada para a polícia.

Carlos: Oh senhor Sargento, por favor, eu não tenho nada a ver com esta história. Eu apenas estava preocupado com o meu pimo, não conheço aqueles cromos de lado nenhum.
Mitche: Tu também não estiveste na festa à dias? Num casarão perto do canal?
Carlos: Estive pois, eu e a malta. Em casa da Maria. POrquê?
Mitche: Maria? É assim que ela se chama agora? AH AH AH Já andamos atrás dessa tola há muito tempo. Chama-se Carlota e é procurada pelo país todo por roubo, identidades falsas, tráfico de drogas de meninas e mais umas coisas. E essa tal casa onde estiveram não era nada dela. Já estava à venda e apenas se aproveitaram para a usar durante uns dias.
Carlos: Tchiiiii.... lindo serviço! E agora? O que é que vai acontecer ao meu pimo?
Mitche: Se acordar, provavelmente nada... vou fazer por isso. Vai lá descansado visitá-lo e dá-lhe cumprimentos meus.

Chegado cá fora Carlos depara-se com Yuri e Fanfas a tentarem roubar o rádio do Jipão da móina.
Carlos: Que é que estão a fazer caral.....? Tão tolinhos? Acabei de nos safar de uma das boas e já se querem meter noutra? Baza, vamos embora pó hospital antes que o Stôr se arrependa e noa prenda a todos.

E assim foram, os três empoleirados no carrinho todos tolos a caminho do hospital. E quando lá chegaram andavam já Tomé e César de volta das enfermeiras que estavam cá fora nas cigarradas.
Tomé: Sabem, eu estudei em medicina em Londres, trabalho lá à três anos e tou cá de férias com os meus amigos...
César: Eu tenho uma fábrica de whisky na Escócia, estou bem lançado no mercado das bebidas...
Carlos: Tás bem lançado tás... estamos é todos mas é bem laçados numa história daquelas. Embora, tudo lá para dentro... Reunião de urgência, o Zé é bem capaz de estar tramado.

Quando chegam ao quarto onde deveria estar Zé, encontram a cama livre. A roupa que ele trazia espalhada pelo quarto e uns barulhos estranhos surgiam da casa de banho.
Carlos: xxiiiuuuuu.... devem ter vindo à procura dele meus, para acabarem com ele para não falar nada à móina.

Cada um agarra o que lhe veio à mão, uma cadeira, um vaso, um comando da Tv para se defenderem que quem estivesse a tentar fazer mal e quando abrem a porta do Wc....
............................................ Tudo de boca aberta, Zé já estava enrolado em beijos e amassos com uma das enfermeiras, por sinal bem gira, Loira, de olhos azuis... enfim, fazia esquecer qualquer dor ou doença!

Tomé: Então man? Não avisavas?
Zé: Hummm hummm humm Quê? Não vêm que estou em fisioterapia???
Carlos: Anda daí meu, precisamos de falar. Estás metido em sarilhos!
Zé: Porquê? Não me digas que és casada?
Loira: Não, achas que sim??? Vai lá resolver e liga-me depois para acabarmos o tratamento tá?

Depois de voltar a colocar as ligaduras e o gesso todo no sítio, Zé recebe alta e vão todos para casa, onde Carlos e os amigos o colocam a par da alhada toda onde andou metido.

ZÉ: Preciso de férias meus....
Carlos: Precisas é de ficar fechado em casa durante uns tempos, não és em condições de andar na rua....

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